
Desova da tartaruga-gigante é um evento considerado raro no litoral paranaense. Por isso, necessita de monitoramento de especialistas e conscientização dos veranistas. As informações com Juliana Sartori.
Não são apenas os turistas que resolveram passar uns dias de verão no litoral paranaense. A praia de Pontal do Sul foi o destino escolhido por uma tartaruga-gigante para fazer desova. O animal, que está criticamente ameaçado de extinção segundo a classificação do Ministério do Meio Ambiente, está sendo monitorado pelos pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Praias do Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná.
O local foi isolado no último dia de 2020, quando a tartaruga apareceu na praia e deixou mais de cem ovos, para depois retornar ao mar. De acordo com a bióloga e pesquisadora Camila Domit, que coordena o Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná, este é um evento bastante raro no litoral paranaense. E a tartaruga ainda vai voltar à praia algumas vezes durante esse verão para outras levas de desova.
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A tartaruga-gigante, também conhecida como tartaruga-de-couro, é a maior espécie de tartaruga marinha existente, podendo medir até dois metros e pesar 700 quilos. O animal que apareceu em Pontal do Paraná, tem cerca de 1,80 m.
A preocupação dos pesquisadores é com o movimento de veranistas durante a temporada e, por isso, o local segue sendo monitorado. A orientação é que as pessoas não mexam ou toquem na tartaruga caso ela retorne à praia. O cuidado deve ser maior do que a curiosidade, segundo Camila.
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Ao avistar animais marinhos na praia, é sempre necessário muito cuidado. Já que na maioria das vezes eles não aparecem por motivos positivos, como é o caso da tartaruga em período de reprodução, mas porque estão encalhados ou machucados e precisam de ajuda especializada, como explica a bióloga.
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Ao encontrar um animal encalhado na areia a pessoa deve acionar os profissionais do Centro de Estudos do Mar. O telefone para o resgate de animais marinhos é o 0800-642-3341. Ou ainda o Corpo de Bombeiros ou as autoridades ambientais do local.
Repórter Juliana Sartori