A Universidade Federal do Paraná está participando de uma pesquisa que observa a vacinação de adolescentes a partir dos 12 anos na cidade de Toledo. A população acima dessa idade começou a ser vacinada no município no final de agosto. O estudo, realizado em parceria com a farmacêutica Pfizer, pretende analisar o comportamento do vírus em um cenário de vida real. A reportagem é de Lucas Daniel.
Foto: José Fernando Ogura
Toledo, no Oeste do Paraná, é o primeiro e único município no Brasil a sediar o estudo observacional da farmacêutica norte-americana Pfizer. A cidade recebeu mais de 35 mil doses da vacina através do Programa Nacional de Imunização. Essa nova remessa de vacinas pretende imunizar com a primeira dose, não só toda a população adulta de Toledo, mas também todos os adolescentes a partir dos doze anos. A pesquisa será desenvolvida a partir da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Toledo e a Universidade Federal do Paraná. Quem nos conta mais sobre como o estudo vai funcionar é a professora Cristina de Oliveira Rodrigues, que também é diretora do campus de Toledo da UFPR.
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O curso de medicina no Campus de Toledo vai trabalhar em parceria com o Núcleo de Fixação de Nitrogênio do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, do Setor de Ciências Biológicas da UFPR. Cerca de 30 estudantes de medicina foram distribuídos nos cinco pontos de vacinação. Para o reitor da Universidade Federal do Paraná, Ricardo Marcelo Fonseca, a pesquisa ainda contribui com a relação entre a universidade e a sociedade.
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A escolha de Toledo como a cidade brasileira sede da pesquisa da farmacêutica Pfizer foi feita através de critérios técnicos de estrutura, qualidade de vigilância epidemiológica e vacinação e também a parceria científica com a universidade. O prefeito do município, Beto Lunitti, destaca ainda a atuação do sistema único de saúde frente à pandemia.
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A psicóloga Larissa Ribeiro é mãe da adolecente de 12 anos Joana Ribeiro, que ficou afastada da escola por mais de um ano. O cuidado para elas teve que ser redobrado, já que a mãe, Larissa, estava passando por um tratamento contra o câncer de mama.
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Vale lembrar que essa não é a primeira ação da Universidade Federal do Paraná frente à crise de covid-19. Desde o início da pandemia a universidade já realizou mais de 50 mil testes gratuitos para sintomáticos e assintomáticos, desenvolveu um teste barato e eficaz para identificar o vírus, e está desenvolvendo a vacina UFPR contra a covid-19, entre outras ações contra a doença.
Lucas Daniel sob supervisão de Chirlei Kohls e Elson Faxina