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Um ano após acidente da Voepass, famílias ainda aguardam indenizações e conclusão das investigações

Por Redação. Publicado em 08/08/2025 às 13:00.

Um ano após acidente da Voepass, famílias ainda aguardam indenizações e conclusão das investigações

Encalhe de tartarugas-verdes aumenta 500% no litoral do Paraná em julho

As informações com Mauro Contti


O acidente com o voo 2283 da Voepass completou um ano nesta sexta-feira (8), com 62 vítimas fatais, sendo 29 do Paraná. Familiares seguem aguardando acordos jurídicos e o encerramento das investigações. O Programa de Reparação 2283, conduzido pelas defensorias e MPs do Paraná e São Paulo, ainda está em fase de homologação pela Justiça.

O Cenipa avançou nas investigações, mas o relatório final ainda não foi divulgado. Já foram analisados dados de voo, condições climáticas, sistemas da aeronave e mais de 15 mil voos da frota. A Voepass reafirma que colabora com o processo e diz manter apoio às famílias.

A Câmara dos Deputados acompanha o caso e estuda projetos para reforçar a fiscalização sobre empresas em recuperação judicial. Após o acidente, a Voepass encerrou operações no Paraná.
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O litoral do Paraná registrou em julho 314 encalhes de tartarugas-verdes (Chelonia mydas), número 502% maior que no mesmo mês de 2024, quando foram contabilizados 52 casos. Os dados são do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, executado pela UFPR. O monitoramento ocorre diariamente entre Guaratuba e Guaraqueçaba.

O aumento está relacionado a frentes frias típicas do inverno, que afetam a locomoção e alimentação dos animais, além de fatores humanos como ingestão de plástico, redes de pesca e colisões com embarcações. Das tartarugas encontradas, apenas cinco sobreviveram e foram levadas para reabilitação no centro especializado da universidade. A espécie é classificada como vulnerável à extinção no estado.