Na região Sul, os destaques são para cirurgias do aparelho digestivo, geniturinário, circulatório e das vias aéreas.
Informações com Fernanda Nardo
Cerca de um milhão de procedimentos hospitalares foram represados no Sistema Único de Saúde após o início da pandemia, a partir de 2020. No Brasil, fica evidente o impacto da pandemia em diversos grupos de procedimentos e tratamentos hospitalares, conforme divulgado pela Nota Técnica Demanda potencial de atendimentos hospitalares em razão da pandemia de Covid-19, realizada pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As informações levantadas abarcam o conjunto do país, com dados específicos de cada região. A Região Sul apresentou grande déficit de tratamentos clínicos em 2020 e, apesar de melhora nos anos seguintes, segue com dados preocupantes. Os procedimentos cirúrgicos na região não se recuperaram, com destaque para cirurgias do aparelho digestivo, do aparelho geniturinário, do aparelho circulatório e das vias aéreas. superiores. A comparação do período pandêmico com a média de 2014-2019 mostra que a região registrou 262.873 procedimentos a menos. Segundo os pesquisadores, o período inicial da pandemia – meses de março, abril e maio de 2020 – apresentou um número elevado de procedimentos não realizados. Já os primeiros cinco meses analisados em 2022 demonstram uma recuperação do sistema; entretanto, o volume de procedimentos não realizados ainda traz um passivo enorme de atendimentos. São números que representam uma potencial demanda, além de enormes desafios, para o sistema de saúde nos próximos anos, aponta a Fiocruz.