Um estudante da PUC Paraná desenvolveu um ventilador mecânico emergencial alternativo, com custo reduzido e produzido com insumos nacionais. A ideia é conseguir investimento para produção em massa e distribuir para unidades de tratamento de pacientes com Covid-19.
Com a grande quantidade de pacientes com Covid-19 precisando de ventilação mecânica e estes equipamentos tendo custos elevados, várias iniciativas buscaram oferecer sistemas alternativos. Foi o caso do projeto do aluno Robson Muniz, estudante do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
ÁUDIO
O aparelho desenvolvido na Universidade é uma bolsa de ressuscitação manual, conhecida como bolsa ambu. O custo médio de produção gira em torno de 2 mil e 500 reais. A título de comparação, ventiladores mecânicos adquiridos pelo Ministério da Saúde em abril de 2020 custaram 13 mil dólares cada um, aproximadamente 69mil e 600 reais na cotação atual. De acordo com o estudante, o equipamento foi pensado para atender a necessidade emergencial do momento, já que não oferece todos os recursos de um respirador normal e por isso possui custo tão reduzido.
ÁUDIO
O aparelho funciona pressionando a bolsa ambu, e o profissional de saúde pode programar a quantidade de vezes por minuto que a bolsa será comprimida, além do volume de ar que vai ser aplicado ao paciente. A máquina foi validada no centro de simulação da PUCPR, sob a supervisão da direção geral do Hospital Universitário Cajuru. O projeto está em fase de obtenção do protocolo de estudo clínico, processo voltado a avaliar um novo tratamento. A documentação completa deve ser enviada à Anvisa para certificação.
A professora Andreia Malucelli, da Escola Politécnica da PUC, conta que o projeto de Robson Muniz também chama atenção por ter sido desenvolvido por um aluno que voltou a estudar depois de ter dado estudo aos filhos.
ÁUDIO
Outros projetos desenvolvidos por pesquisadores da PUCPR foram um sistema de diagnóstico de Covid por meio de raio-x, utilizando inteligência artificial; a produção de face shield em escala, unindo vário setores da universidade e com apoio da iniciativa privada; e a criação de um site com informações em libras sobre a doença. A professora Andreia Malucelli, ressalta que as instituições de ensino superior devem estar sempre em conexão com a comunidade.
ÁUDIO
Repórter Amanda Yargas