Equipes médicas ajudam a manter o vínculo entre pacientes de covid e familiares por meio de visitas virtuais. Para alguns deles, essas ligações podem ser o último contato.
Foto: Agência Pará
Um projeto de extensão da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) está promovendo visitas virtuais entre pacientes internados com Covid-19 e familiares. Na enfermaria os pacientes têm acesso a telefones celulares, mas na UTI eles não podem ficar com o aparelho e, com risco de infecção pelo coronavírus, eles não tem como receber visitas.
A ideia é que as ligações sejam um momento de incentivo e apoio do paciente e de redução da angústia dos familiares, minimizando uma pequena parcela do impacto psicológico da pandemia e garantindo maior humanização à internação desses pacientes.
A iniciativa de promover um contato entre os internados mais graves e os familiares era tomada espontaneamente por alguns profissionais e estudantes. Uma delas foi a estudante de enfermagem Fabiana Bezagio, do campus Foz do Iguaçu, que teve a ideia de levar mensagens dos familiares para os pacientes e ajudou a formalizar o projeto.
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O Hospital Universitário do Oeste do Paraná do campus Cascavel foi onde o pai da jornalista Lindiagane Silveira, o seu Antônio, ficou internado por 30 dias. Ela conta que todos os dias recebia uma ligação, onde a equipe médica passava as informações do quadro de saúde dele e ela podia ver o pai, mesmo quando ele estivesse dormindo. A ação foi imprescindível para que conseguisse se despedir do seu Antônio, que faleceu por conta da covid-19.
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No dia anterior ao falecimento de Antônio Silveira, que tinha 55 anos e era cainhoneiro,Lidiagane e a irmã tiveram autorização para visitar o pai, já que não existia mais risco de contaminação e o estado de saúde dele era muito grave. Ela disse que toda a equipe veio recebê-las já que o pai tinah decorado o nome e sabia quem era cada profissional mesmo com o rosto todo coberto pelos equipamentos de proteção.
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Amanda Yargas