A elaboração de um texto de rádio leva em consideração as particularidades deste meio de comunicação. A edição no radiojornalismo, por contar apenas com o som, sem nenhum apelo imagético ou infográfico, demanda muito cuidado na disposição das informações e linguagem utilizada.
Para que você possa aperfeiçoar seu texto, separamos algumas dicas. Confira!
1) Escreva como você fala
Na maioria dos casos, escrever para o ouvido é mais informal do que escrever para ser lido. Você pode imaginar que está falando com alguém enquanto está escrevendo. Assim, naturalmente irá usar palavras menores, um tom mais coloquial e frases curtas.
2) Chegue ao ponto rapidamente
Quando você está escrevendo para o áudio, não tem muito tempo para levar até o ponto . Você tem que chegar lá rapidamente antes de perder o seu público. Concentre-se no que é mais importante, usando termos simples. Alguns profissionais dizem que isso é “simplicidade inteligente”.
3) Fale a uma só pessoa
Se tratando de uma escrita publicitária, prefira termos no singular. Ex: “Vocês fazem parte desta história”: falada desta maneira no plural, dá a sensação de amplitude, algo generalizado, porém quanto mais intimista a mensagem for, mais resultado terá. “Você faz parte desta história”: o singular traz proximidade, um ar de intimidade.
4) Calcule o tamanho do texto
Você não vai querer que o locutor pareça um narrador de corridas. A regra de ouro para o cálculo do tempo é que em 1 minuto o narrador vai ler cerca de 100 palavras. Se você quiser que o seu texto dure um minuto, considere 100 palavras ou menos. Pode-se também considerar 14 linhas de texto = 1 minuto de leitura.
5) Use o silêncio
O silêncio para o áudio é como espaço em branco. Os ouvintes precisam de tempo para processar o conteúdo verbal, imaginar o que está sendo dito. Você pode trabalhar breves pausas em seu script, indicando onde o locutor deve parar por um momento, pausas frequentes também darão tempo para adicionar outros elementos, como efeitos e vinhetas. O silêncio é seu amigo. Use-o com sabedoria.
Fonte: Artigo de Wellynton Lubben.