Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Por que é importante a criação de uma bancada feminina na Alep?

Por Comunicação. Publicado em 03/08/2022 às 11:23.

A bancada outorga uma série de direitos políticos, como representação no Colégio de Líderes; Paraná será segundo Estado a criar bancada feminina no país, diz deputada.

Por Fernanda Nardo

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou em segundo e em terceiro turnos nas sessões desta terça-feira (02), projeto que cria a Bancada Feminina na casa. A proposta altera o regimento interno da Casa reconhecendo a criação do colegiado. O projeto de resolução 5/2022, irá garantir  a participação das mulheres na composição da Mesa Diretora da Assembleia. A deputada Cristina Silvestri, PSDB, explica que uma bancada o agrupamento organizado das parlamentares, composta por todas as deputadas do legislativo com os mesmos direitos de partidos, lideranças e blocos. A bancada outorga uma série de direitos políticos, que as mulheres nunca tiveram dentro da Casa, como representação no Colégio de Líderes.

SONORA

No Paraná, mulheres representam a maioria do eleitorado paranaense, 53%, mas isso não se reflete na representatividade na política. Atualmente, dos 54 ocupantes das cadeiras na Alep, apenas cinco são mulheres. Para deputada Luciana Rafagnin, do PT, a bancada feminina é um passo importante para ampliar e fortalecer a atuação das mulheres.

SONORA

A deputada Mabel Canto, PSDB, acrescenta que após passar pela redação final, o projeto deverá ser colocado em prática em 2023. A medida irá garantir que as deputadas que estiverem na Alep nos próximos anos tenham mais representatividade.

SONORA

De acordo com o IBGE, mais da metade da população brasileira (51,8%) é feminina. No entanto, as proposições relacionadas às mulheres ainda são baixas. Neste sentido, a criação da bancada  na Alep dará mais visibilidade e força às mulheres e as pautas relacionadas a elas. A deputada Cristina Silvestri, destaca que a mulher tem uma visão mais ampliada da sociedade e é mais propensa ao diálogo, além de ter maior conhecimento sobre os temas que impactam diretamente suas vidas como saúde, assédio, maternidade e igualdade de gênero.

SONORA

O projeto avançou em primeira discussão com 43 votos favoráveis e um contrário. Ontem foi aprovada em segundo e em terceiro turnos. Ele ainda precisa passar votação da redação final, o que deve ocorrer na semana que vem, para depois ser promulgado pelo presidente da Casa.