Abelhas são dizimadas por uso incorreto de agrotóxicos na região central do Paraná. Adapar revelou a morte de abelhas, por intoxicação, em cerca de 40 caixas pertencentes a apicultores da região de Turvo.
Centenas de abelhas morreram na região central do Paraná por envenenamento por agrotóxicos. A investigação realizada no município de Turvo pela Adapar, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, revelou a morte de abelhas, por intoxicação, em cerca de 40 caixas pertencentes a apicultores da região. A ocorrência foi registrada em setembro deste ano. Ao inspecionar os apiários, produtores da Colônia Velha do Ivaí, no interior do município, encontraram as abelhas dizimadas. Após receberem denúncia sobre a mortalidade das abelhas, fiscais da Adapar foram ao local para realizar coletas e iniciar a investigação. Quem explica o caso é o gerente de Sanidade Vegetal da Adapar, Renato Blood.
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De acordo com a investigação, um agricultor utilizou o inseticida em jato dirigido no sulco de plantio, com o objetivo de controlar a semeadura do milho. Porém, havia plantas do nabo forrageiro ainda com flores. As abelhas que ainda visitavam as flores foram intoxicadas e contaminaram o enxame.
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A Lei Federal estabelece responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a utilização de agrotóxicos não cumprir o disposto na legislação pertinente. Como o usuário não obedeceu as indicações do fabricante, o produtor que causou o dano foi autuado.
Segundo Rebato, os agricultores devem ler atentamente a bula, rótulo e o receituário agronômico do agrotóxico, caso optem por utilizá-lo. No caso registrado em Turvo, tanto a bula quanto o receituário agronômico informavam que o produto é tóxico para abelhas, para não ser aplicado em época de floração, nem imediatamente antes do florescimento ou quando for observada visitação de abelhas na cultura. Toda a comunidade que trabalha com agricultura familiar deve se comunicar sobre o uso de pesticidas para que não causem prejuízos a vizinhos e o meio ambiente.
Repórter Juliana Sartori