Os impactos dos problemas na BR-277 seguem aumentando e agora o setor da agricultura já contabiliza o prejuízo.
Por Marinna Prota
Em plena safra de soja, o Porto de Paranaguá tem deixado de ser o destino escolhido por agricultores para escoar o produto para exportação. Dados da Portos do Paraná mostram que em fevereiro de 2023, houve 59% menos exportação de soja do que no mesmo mês do ano passado, caindo de 1,09 milhão de toneladas para 454 mil. Segundo o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, isso é reflexo de produtores que têm procurado outros portos para escoar a safra, como os de São Paulo e Santa Catarina.
SONORA
De acordo com a Faep, o prejuízo para o escoamento da soja pode ser superior a R$ 600 milhões caso o produto precise ser levado até o Porto de Santos, em São Paulo, ao invés de ser direcionado ao Porto de Paranaguá. O valor é calculado a partir do gasto com frete.
O Paraná é o segundo maior produtor de soja do país. A previsão é que o estado colha 21 milhões de toneladas na atual safra, cerca de 14% da produção nacional.