Em período eleitoral, nas redes sociais, muitas candidatas se deparam com ataques, em geral, relacionados à aparência e à conduta moral; denuncias podem ser feitas pelo telefone 180.
Por Fernanda Nardo
Três em cada dez candidatas nas eleições de 2020 foram discriminadas por serem mulheres. O dado é da segunda edição da pesquisa Equidade de Gênero na Política, realizada pelo DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. Na pesquisa, 32% das candidatas entrevistadas responderam que já foram discriminadas, contra 10% dos candidatos do sexo masculino entrevistados. Em período eleitoral, nas redes sociais, muitas candidatas se deparam com ataques, em geral, relacionados à aparência e à conduta moral. A professora Valeska Zanello, do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, destacou em entrevista à rádio Câmara, que para entender por que a política é um dos universos hostis para as mulheres, é preciso analisar a forma que elas são socializadas e a cultura em que estamos.
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Para a vereadora de Curitiba, Ana Carolina Dartora (PT), além das dificuldades que as mulheres têm para entrar na arena política, é uma batalha permanecer nesta esfera.
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Desde o ano passado, o combate à violência de gênero virou a Lei 14.192 (2021). É crime assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo. A pena é de reclusão de um a quatro anos e multa. O projeto que deu origem a lei é de autoria da deputada federal Rosângela Gomes (Republicanos-RJ). Ela fala sobre algumas das violências que já sofreu.
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A Secretaria da Mulher da Câmara, em parceria com outras instituições, lançou campanha de combate à violência política contra a mulher. As denúncias podem ser feitas pelo Ligue 180.