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CPI da JMK ouviu três pessoas nesta terça-feira; indícios de fraudes foram confirmados

Por Redação. Publicado em 27/08/2019 às 17:16.

Três pessoas foram ouvidas na CPI da que apura as irregularidades com a empresa JMK em contratos de veículos com o governo do Paraná.

Foto: Kleyton Presidente/Alep

 

 

 

 

Entre os interrogados desta etapa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa, estava Cainã Morais, funcionário da empresa gestora da manutenção da frota do Governo do Paraná de janeiro de 2015 a maio de 2019. Ele foi uma das 15 pessoas ligadas à JMK presas temporariamente na Operação Peça Chave, da Polícia Civil, no último mês de maio, que detectou desvio de pelo menos R$ 125 milhões em contratos.

Cainã conseguiu uma liminar do Tribunal de Justiça para permanecer em silêncio diante dos questionamentos dos deputados.

Já Francisco César Farah, que foi diretor-geral da Secretaria Estadual da Administração e Previdência (SEAP), entre junho de 2017 e dezembro de 2018, admitiu que houve falhas no contrato. Segundo o deputado Delegado Jacovós, relator da CPI, o ex-diretor não soube explicar o porquê o contrato não foi suspenso.

Ainda foi ouvida a chefe da 3ª Inspetoria de Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), Rita de Cássia Mombelli. De acordo com o relator, ficou evidente que desde 2015 foram detectados indícios de irregularidades.

Em nota a empresa JMK se pronunciou sobre as oitivas desta terça-feira. Segundo eles a partir da fala do ex-diretor da Seap, Francisco César Farah ficou evidente que o Governo nunca pagou pelos serviços da JMK em dia, isso desde a primeira nota, em 2015. Esses atrasos foram gerados por problemas de caixa do governo. E ainda que nunca foi recebida denúncia ou indícios de fraude, superfaturamento ou má qualidade dos serviços prestados pela JMK. Ainda sobre o depoimento da inspetora do Tribunal de Contas, Rita de Cássia Mombelli a empresa alega que o acórdão referente ao relatório da inspetoria não aponta nenhuma irregularidade no contrato e definiu como regular o pagamento de comissionamento. A próxima reunião da CPI está marcada para terça-feira, 3 de setembro. Devem ser ouvidos outros funcionários da JMK.

Repórter Alexandra Fernandes

 

 

Foto: Kleyton Presidente/Alep