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CPI interroga funcionários da JMK presos na Operação Peça Chave

Por Jornalismo. Publicado em 24/09/2019 às 19:50.

A CPI da JMK, que investiga irregularidades no contrato da empresa com o governo do Estado, interrogou nesta terça-feira dois funcionários da JMK e o dono de uma oficina prestadora de serviços. Esta foi a décima oitava reunião da CPI. Confira na reportagem de Deividi Lira.

 

 

 

 

 

 

Compareceram na reunião da CPI da JMK desta terça-feira na Assembleia Legislativa, o gestor de operações da empresa, Jorge Barboza Reis de Souza, que aparece como sócio no início do contrato da JMK com o governo do Estado, e o supervisor da área de orçamentos da empresa, Guillerme Daniel Alves Pinto Pereyra. Eles foram presos em maio deste ano, na Operação Peça Chave da Polícia Civil.

Também foi interrogado pelos deputados o dono de uma autoelétrica em Curitiba, que prestava serviços a JMK. Ele relatou uma dívida de aproximadamente R$ 200 mil.

Em seu depoimento aos deputados, o funcionário da JMK, Guillerme Pereyra afirmou que trabalhou na empresa entre junho de 2017 e junho de 2019 e que era o responsável pelo contato com as oficinas. Disse que veículos do Ministério Público, Casa Militar e Casa Civil, tinham prioridade no conserto, mas que ele não tinha acesso às notas fiscais emitidas e aos orçamentos fraudados.

Já o sócio minoritário da JMK, Jorge Barboza de Souza, relatou que não havia direcionamento para as oficinas. Questionado sobre as dívidas com as mecânicas em todo o Estado, ele respondeu que o governo deve, aproximadamente, R$ 10,4 milhões para a JMK, destes R$ 7 milhões estão sendo contestados pelo Governo e o restante ainda não foi pago, no entanto não disse se essa quantia seria suficiente para quitar todos os débitos da empresa com as oficinas.

A JMK foi responsável pela gestão da frota oficial do Governo do Paraná de janeiro de 2015 a maio de 2019. De acordo a Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil, a empresa desviou pelo menos R$ 125 milhões dos cofres públicos através de um esquema criminoso.

Segundo o presidente da CPI, deputado Soldado Fruet, os depoimentos até agora confirmam irregularidades cometidas pela empresa, que não foram observadas por agentes do estado.

Perto de completar cem dias de atividade, os deputados da CPI da JMK já analisaram mais de 20 mil páginas de documentos. O período previsto para o término dos trabalhos era de 120 dias, mas o presidente da Comissão, deputado Soldado Fruet, disse que vai pedir a prorrogação do prazo.

A CPI volta a se reunir na próxima terça-feira no auditório da Assembleia Legislativa.

Repórter Deividi Lira