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Cresce registros de posse de armas de fogo no Paraná em cinco anos; lojas de armas se preparam para mudanças

Por Redação. Publicado em 26/07/2023 às 13:26. Atualizado em 27/07/2023 às 13:43.

Novo decreto do governo federal traz restrições ao acesso e circulação de armas no país.

Por Marinna Prota

Nos últimos cinco anos, o Paraná registrou um crescimento no número de registros de posse de armas de fogo, chegando a mais de 102 mil registros ativos em 2022, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levando o estado a ser o quinto com maior número de armas registradas no país.

No entanto, neste mês de julho, um decreto federal  passou a restringir a circulação e acesso a armas no país, revertendo a política anterior de relaxamento nas exigências. De acordo com Ana Cláudia Sabbagh, presidente do SK Clube De Tiro e proprietária da SK loja de armas, acessórios e munições, houve um aumento no interesse na compra de armas de fogo, vestuário e acessórios a partir de 2017 em sua loja. Mas esse cenário começou a mudar neste ano, com uma queda de 76% nas vendas de armas na comparação do primeiro semestre do ano passado para o mesmo período de 2023.

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Na prática, o novo decreto reduz o número de armas que podem ser adquiridas por civis, afetando principalmente aqueles que têm licenças “CACs” de Caçadores, Atiradores e Colecionadores. 

Já para defesa pessoal, o decreto reduz a quantidade permitida de armamento de quatro para duas armas, além de limitar a quantidade de munições anuais, diminuindo de 200 para 50 unidades por dispositivo.

De acordo com Ana Cláudia, existe uma diversidade no público que frequenta a loja, mas os atiradores esportivos devem ser os principais afetados pelas novas medidas.

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O novo decreto diz que atiradores esportivos vão ter que comprovar treinamento e competições ao longo do ano, e a quantidade de armas que podem ter está relacionada ao grau de treinamento. Para a proprietária, a loja de armas e o clube podem sofrer quedas significativas nas receitas de vendas e participações.

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