Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Desemprego e informalidade são maiores entre as pessoas com deficiência

Por Comunicação. Publicado em 25/11/2022 às 12:17.

Segundo IBGE, pessoas com deficiência também tem rendimento médio mensal do trabalho menor do que  as que não possuem deficiência.

Por Fernanda Nardo

As pessoas com deficiência estão menos presentes no mercado de trabalho, em relação àqueles que não têm deficiência. Em 2019, a taxa de participação para pessoas com deficiência (28,3%) era menos da metade do que entre as pessoas sem deficiência (66,3%). Esse indicador mede a proporção de ocupados e de desocupados entre as pessoas com 14 anos ou mais de idade. A taxa de participação é o indicador que mede o engajamento no mercado de trabalho, ou seja, se as pessoas estavam procurando emprego ou estavam ocupadas. Essa taxa é menor para pessoas sem deficiência em todos os grupos de idade e a diferença maior está entre as pessoas de 30 a 49 anos. Já a taxa de desocupação era maior para pessoas com deficiência (10,3%) do que para as pessoas sem deficiência (9,0%). Os recortes de sexo e cor ou raça apontam para outras disparidades. A taxa de desocupação era de 12,6% entre as mulheres brancas com deficiência e de 8,3% entre as sem deficiência. Outro ponto relevante, é que as pessoas com deficiência tinham um rendimento médio mensal do trabalho de R$ 1.639, enquanto os ocupados sem deficiência recebiam, em média, R$ 2.619 por mês, em 2019.Esse indicador era maior (13,4%) para as mulheres pardas ou pretas com ou sem deficiência. Os dados são da publicação Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil, pelo IBGE neste semestre. A principal fonte do estudo é a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019.