Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Poluição sonora causada por apito dos trens volta a ser discutida em Curitiba

Por Jornalismo. Publicado em 17/09/2019 às 14:45.

O barulho do apito emitido pelos trens que trafegam dentro da capital paranaense será o assunto de uma audiência pública que será realizada pela Câmara Municipal de Curitiba no início de outubro. Moradores do interior do Paraná enfrentam o mesmo problema.

Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

 

 

 

 

 

 

São 2.400 quilômetros de trilhos que passam pelas cidades do Paraná. As ferrovias cruzam grandes centros como Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel e aí que começam os problemas. Um deles é a poluição sonora causada pelo apito dos trens ao cruzar por áreas urbanas, o que é obrigatório por questões de segurança. O questionamento da população é em relação ao volume emitido pelas buzinas. Moradores de regiões próximas às linhas férreas reclamam constantemente do barulho, que segundo eles, não tem hora para ser disparado.

Na capital, a questão virou tema de uma audiência pública na Câmara de Vereadores, marcada para o dia 3 de outubro. Foram convidados para a reunião representantes da empresa Rumo, concessionária da ferrovia Norte-Sul, além de técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, da Secretaria Municipal de Trânsito, da Urbs e da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente. Segundo vereador Bruno Pessuti (PSD), o proponente da audiência, a intenção é chegar a um acordo.

Uma lei municipal de 2005 chegou a proibir a circulação de trens por Curitiba no período noturno, mas a norma foi suspensa por decisão judicial.

Em outubro do ano passado, foi aprovado um projeto que desobrigou a Prefeitura de Curitiba a sinalizar as passagens de nível, por meio de placas, cancela automática ou outros dispositivos. A responsabilidade foi atribuída à concessionária da linha férrea. Mas, segundo alguns vereadores, como a sinalização não está adequada, ainda é necessário o uso dos apitos. Um procedimento foi aberto no Ministério Público Federal, que estabeleceu um prazo para que a concessionária Rumo apresente respostas aos questionamentos apresentados.

Em nota, a empresa Rumo afirma que a buzina é um item essencial de segurança para a operação e a população. A concessionária explica que os horários de circulação dos trens dependem das operações de carregamento e descarregamento, entre outros fatores. Quanto ao som do apito, a Rumo afirma que segue as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que estabelece que o nível de pressão sonora da buzina deve ser no mínimo de 96 dB e máximo de 110 dB.

Repórter Alexandra Fernandes