O ciclo de fóruns regionais “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação” foi encerrado nesta semana.// Além da capital, os municípios de Cascavel, Paranavaí, Cornélio Procópio, Guarapuava e Pato Branco receberam debates sobre a suspensão da vacinação contra febre aftosa no Estado.// De acordo com autoridades de saúde animal, livre da doença sem a vacinação o Paraná terá ganhos econômicos no mercado internacional.//
Paraná vai suspender trânsito de animais vacinados contra aftosa
Os produtores seguem vacinando seu rebanho até 31 de maio.// E esta pode a última vacinação do gado paranaense.// Autoridades de saúde animal estudam suspender a imunização em todo o Paraná.//
Para debater o assunto, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem promovido fóruns nas principais regiões de estado.// Ao todo, serão seis fóruns com palestras e discussões.// O evento reúne produtores, técnicos, representantes sindicais e de entidades de classe.//
Em 2018, duas auditorias feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no estado, atestaram a qualidade da produção paranaense.//
O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, explica que o processo para chegar a classificação de área livre de aftosa sem vacinação, é antigo.// Foram décadas de imunização dos rebanhos até a erradicação da doença no Paraná.//
Santa Catarina é, até agora, o único estado brasileiro a alcançar a classificação de área livre de aftosa sem vacinação.// O Paraná poderá ser o segundo.// Com todas as medidas devidamente aplicadas, a expectativa é que em setembro de 2020 o estado receba o certificado de área livre de aftosa sem vacinação.// O reconhecimento internacional deverá acontecer em maio de 2021.// No entanto, a decisão pode causar um efeito colateral.// Será necessário fechar a fronteira do Paraná com outros estados para a entrada de animais vacinados contra a aftosa.// A partir de 1º de setembro deste ano, o trânsito será proibido para bovinos de cria, recria e engorda, como explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias.//
O último levantamento do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, apontou que o rebanho no estado é de aproximadamente 9 milhões e 300 mil cabeças.// Em 2017 o estado ocupava a décima posição no ranking nacional.//Para o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, a mudança de status sanitário do Paraná vai beneficiar não somente a bovinocultura, mas também, as produções de suínos e aves e o novo status vai abrir mercados para o estado, aumentando a participação global do agronegócio paranaense.//
A Associação Brasileira de Frigoríficos preferiu não se pronunciar sobre a saída do Paraná do bloco de estados que integram o Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa.//
Repórter Deividi Lira.//