PR é destaque no país no mapeamento de pontos de exploração sexual de menores nas estradas federais. Levantamento da Polícia Rodoviária Federal e da Childhood Brasil apontou 3.651 pontos vulneráveis em estradas de todo país. As informações com Juliana Sartori.
Foto: Arquivo Agência Brasil
Pelo segundo biênio consecutivo o Paraná apareceu como o estado brasileiro com maior número de pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes em trechos de rodovias federais. O levantamento, feito pela Polícia Rodoviária Federal em parceria com a organização Childhood Brasil, foi divulgado nesta semana, no lançamento da 8ª edição do projeto MAPEAR.
Isso significa que o Paraná, por meio do trabalho da PRF, é o estado que mais conseguiu identificar e mapear os pontos que poderiam se tornar locais de exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas.
Em todo o país, entre os anos de 2019 e 2020, a Polícia Rodoviária Federal apurou 3.651 pontos vulneráveis nas rodovias federais, o que aponta para um crescimento de 47% na comparação com o biênio anterior. Só no Paraná, foram identificados 388 pontos vulneráveis, o que representa alta de 29% na comparação com 2017/2018. O estado é líder no ranking, seguido por Minas Gerais e Bahia.
Segundo a gerente de programas e relações empresariais da Childhood Brasil, Eva Dengler, o trabalho feito em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, é essencial no combate a essa prática infelizmente ainda muito comum no Brasil.
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O Paraná, segundo Eva, é destaque positivo não só na identificação dos pontos, que é um trabalho de prevenção, mas também na diminuição dos pontos críticos efetivos de exploração sexual de menores nas estradas. O estado aparecia no ranking dos cinco estados com maior número de pontos críticos em 2017/2018, mas conseguiu sair do ranking no levantamento mais recente.
A BR-116 — a maior a rodovia federal do Brasil e que passa pelo Paraná — segue com o maior número de pontos críticos, embora tenha apresentado diminuição de 30% em relação ao biênio passado.
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De acordo com a porta-voz da Childhood Brasil, a questão da exploração sexual infantil precisa do envolvimento da sociedade para ser combatida.
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Repórter Juliana Sartori