Foto: Orlando Kissner/Alep Mesmo sob protestos, foram 38 votos favoráveis e 14 contrários; proposta é aprovada três dias após ser encaminhada à Casa e retira do Estado o poder majoritário da estatal.
Por Fernanda Nardo
Com 38 votos favoráveis e 14 contrários, os deputados estaduais aprovaram nesta quinta-feira (24) o projeto de lei do Governo do Paraná de venda parcial e diminuição de controle do Estado na Companhia Paranaense de Energia (Copel). A votação ocorreu em meio a fortes protestos de manifestantes que acompanhavam a sessão extraordinária nas galerias da Assembleia Legislativa (Alep). O projeto foi aprovado três dias após ser encaminhado à Casa e foi entendido por deputados e servidores como a privatização da empresa paranaense. Após passar em segunda e terceira discussão, além de redação final, agora segue para sanção do governador Ratinho Junior. Todas as emendas propostas foram recusadas. O projeto transforma a Copel em companhia de capital disperso sem acionista controlador. Hoje, a participação do Estado no capital social da empresa é de 31% , com a aprovação, ficará em torno de 15%. A estimativa do Estado é arrecadar R$ 3 bilhões para investimentos com a operação. Deputados da oposição entendem a manobra como privatização da estatal, como apontou a deputada Luciana Rafagnin (PT).
SONORA
Já o deputado Guto Silva, da base do Governo do Estado na Alep, nega que se trata de uma privatização e aponta que não haverá aumento na tarifa e nem corte de programas sociais.
SONORA
O Governo do Paraná enviou na segunda (21) à Alep 15 projetos de lei (PLs) que atingem diversos segmentos do Estado com reformas administrativas. Entre as propostas estão o aumenta a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para produtos específicos, como refrigerantes, a criação de novas secretarias e cargos comissionados, e a terceirização do sistema penitenciário. A maioria está em regime de urgência.