O Paraná vai ter semana do Detox Digital, que vai inclui um dia onde os cidadãos vão ser desafiados a não usar celulares e internet. Confira na reportagem de Amanda Yargas.
1/4 dos estudantes de uma escola pública apresentou dependência na internet numa pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica. Metade dos alunos usa o telefone durante as refeições e 30% não larga o aparelho nem para ia ao banheiro. Além disso, 80% dos alunos de escolas particulares disse que os pais não colocam limite no tempo do uso da internet, já na escola pública, 60% dos alunos tem tempo ilimitado para navegar. Segundo o deputado estadual Cobra Repórter o uso exagerado do celular faz o adolescente se desligar do mundo real.
Por isso, o deputado propôs a semana “Detox Digital Paraná” de conscientização e prevenção para desintoxicação dos efeitos do mau uso do ambiente digital. O Projeto de Lei, aprovado por unanimidade na primeira discussão no plenário da Assembleia Legislativa nessa terça-feira, prevê que a semana seja realizada de segunda a domingo e inclua o dia 10 de outubro, dia da saúde mental. Nesse dia os paranaenses vão ser desafiados a ficar 24 horas sem tecnologia, realizando atividades sociais, físicas, culturais sem o uso da internet. O deputado Cobra Repórter explica que a iniciativa pretende aproximar as pessoas.
O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a aderir ao Programa “Reconecte”, que inclui a Campanha “Detox Digital Brasil” realizada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A adesão foi em julho do ano passado. A ideia é promover uma mobilização nacional para conscientização sobre a utilização ética, saudável e segura dos recursos tecnológicos digitais. O uso inadequado de smartphones, tablets e notebooks gerou o surgimento de novas doenças – as chamadas tecnopatias –, além de problemas sociais que atingem pessoas de todas as idades, mas sobretudo os adolescentes. Entre eles estão problemas ortopédicos, como o pescoço de texto e o dedo em gatilho, psicológicos como a síndrome do toque fantasma e o tecnostress, as dependências, como o vício em videogames ou em fazer selfies e problemas sociais como o ciberbullying e a sextorsão.
Repórter Amanda Yargas