A retirada de pauta do projeto que aprovava o relatório final da CPI da JMK na sessão dessa segunda-feira da Assembleia Legislativa, causou um mal estar e questionamentos entre os deputados. Confira na reportagem de Deividi Lira.
O projeto de resolução para a aprovação do relatório final da CPI que investigou os contratos administrativos entre o Governo do Paraná e a empresa JMK, responsável pela frota de veículos oficiais do Estado entre janeiro de 2015 e maio de 2019, era o quinto item da pauta da sessão ordinária da Assembleia Legislativa dessa segunda-feira. Mas, foi retirado de votação a pedido de vários parlamentares. Foi o que explicou o presidente do Legislativo Ademar Traiano. Depois do anúncio de retirada de pauta, o presidente da CPI da JMK, deputado Soldado Fruet, questionou o presidente Traiano.
O presidente Ademar Traiano não quis revelar no plenário os nomes dos deputados que pediram a retirada do projeto de pauta, mas se comprometeu com os parlamentares a colocar o relatório final em votação na terça-feira da semana que vem.
A CPI da JMK foi instalada em junho de 2019, logo depois da operação “Peça Chave” da Polícia Civil, que desmantelou o esquema. A empresa era responsável pela gestão da manutenção da frota de 18 mil veículos de 52 órgãos do Governo do Paraná. A atuação dos criminosos envolvia a falsificação e adulteração nos orçamentos de oficinas mecânicas, aumentando o valor do serviço prestado e provocando superfaturamentos que chegariam a 250%. De acordo com as investigações, o prejuízo aos cofres públicos chegam a 125 milhões de reais.
Em seis meses de trabalho, a Comissão ouviu 46 pessoas, entre elas os donos da empresa, proprietários das oficinas prestadoras de serviços, servidores e ex-servidores do Estado. Também aprovou 33 quebras de sigilos, no que resultou em mais de 200 mil páginas de documentos coletados.
O relator da CPI da JMK, deputado Delegado Jacovós, afirma que a aprovação rápida do relatório pela Assembleia Legislativa, mostra a transparência com os gastos públicos e a punição devida aos envolvidos no esquema.
Repórter Deividi Lira