O Parque das Aves, localizado em Foz do Iguaçu (PR), assumiu mais um compromisso relacionado à preservação da vida animal. O local é agora um Centro de Conservação Integrada de Aves da Mata Atlântica e com isso passa a focar ainda mais os seus esforços e recursos para salvar espécies ameaçadas de extinção no bioma.
A oficialização desse compromisso foi feita durante reunião do Plano de Ação Nacional (PAN) de Aves da Mata Atlântica, ocasião em que alguns dados da fauna do bioma foram divulgados. Entre eles, o alarmante desaparecimento da pombinha pararu-espelho, endêmica da região do Parque. Além disso, foi levado em consideração a atual situação do bioma que já teve 93% de sua área original desmatada e possui 107 aves listadas como em perigo de extinção.
A diretora-técnica do Parque das Aves, Paloma Lucin Bosso, ressalta que esse novo trabalho se alia a outras atividades do local, como por exemplo os programas de reprodução e a divisão de conservação. A diretora diz ainda que todas as evoluções foram analisadas antes de serem colocadas em prática.
“Isso vem acontecendo de uma maneira muito gradual. A gente não tem pressa nenhuma em estabelecer essas coisas. Sabemos que os animais precisam da nossa intervenção agora. A gente só tem 7% de remanescente de Mata Atlântica restante, então precisamos fazer alguma coisa nesse momento. Alguma coisa agora”.
Embora essa ação do Parque das Aves seja muito importante, ela não deve ser exclusivamente do local. Afinal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cerca de 72% da população brasileira vive na Mata Atlântica.