O juiz federal Sérgio Moro aceitou o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar o superministério da Justiça. O superministério vai integrar o atual Ministério da Justiça e da Segurança Pública, além da Controladoria-Geral da União e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Ao remodelar o ministério, Bolsonaro pretende reforçar seu discurso de segurança pública e de combate à corrupção. Moro falou em implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos. Com a decisão de aceitar o convite, o magistrado deixa a toga e deve se afastar dos processos da Operação Lava Jato já nos próximos dias. Com o afastamento de Moro dos processos da Lava Jato, a operação deve ser comandada, temporiamente, pela juíza Gabriela Hardt. Depois de ser eleito presidente no domingo, Bolsonaro recebeu Moro nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro. Segundo o vice do presidente eleito, general Hamilton Mourão, Moro foi sondado para compor o ministério de Jair Bolsonaro ainda durante a campanha. O fato de o magistrado ter aceitado ser ministro, foi alvo de críticas de parte da classe política. No entanto, Bolsonaro não descarta a possibilidade de ter Moro à frente do Supremo Tribunal Federal em 2020, que é quando o ministro Celso de Mello completa 75 anos e tem aposentadoria compulsória.