Mesmo com um processo um pouco mais ágil, crianças maiores e adolescentes são frequentemente os menos procurados para esse processo tão importante.
Por Fernanda Nardo
Enquanto muitas famílias sonham em aumentar seus lares através da adoção, uma triste realidade persiste no país: adolescentes são frequentemente os menos procurados para esse processo tão importante. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (SNA), mais de 33 mil crianças e adolescentes estão em acolhimento institucional e familiar no país atualmente. Desses, mais de 10 mil estão na faixa etária entre 14 e 18 anos, o que representa um terço do total de abrigados. Os dados sobre a adoção no Brasil mostram que existe um perfil que mais interessa aos casais dispostos à adoção, crianças saudáveis, recém-nascidas, preferencialmente do sexo feminino e de pele clara. A demora e dificuldade no processo de adoção sempre foram temas muito pautados. Mas pouco se fala sobre o perfil de filho exigido pelos adotantes, fazendo com o tempo de espera na fila seja muito maior. Segundo o promotor de Justiça Luciano Machado de Souza, do Ministério Público do Paraná, a burocracia que é questionada é simplesmente o processo que precisa existir para proteger a criança.
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Conforme o promotor, mesmo que o processo da adoção tardia seja um pouco mais simples, a adoção deve ser feita com responsabilidade.
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