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Caso Condor: Segurança diz que não lembra de ter feito o segundo disparo

Por Jornalismo. Publicado em 29/04/2020 às 20:29.

O homem que tentou entrar em um mercado sem máscara e criou uma confusão que acabou causando a morte de uma funcionária em Araucária, tinha tentado pegar a arma do vigilante. Testemunhas disseram que o segurança atirou duas vezes para conter o cliente mas ele disse à Polícia que não lembra de ter feito o segundo disparo. Os detalhes com a repórter Amanda Yargas.

Foto: Reprodução

 

 

 

Foram interrogados nessa quarta-feira o vigilante e o cliente envolvidos na situação que resultou na morte de uma funcionária de um hipermercado Condor em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, na tarde de terça-feira. O cliente se recusou a usar máscara para fazer as compras e partiu para a agressão quando funcionários tentaram impedi-lo de entrar no mercado. Segundo o delegado que investiga o caso, Tiago Wladyka, testemunhas disseram que o cliente tentou pegar a arma do segurança e que o vigilante teria então disparado duas vezes.

No interrogatório, o segurança contou à polícia que não se lembra de ter efetuado o segundo disparo e que ele pode ter sido responsabilidade do próprio cliente, já que eles disputaram a posse da arma durante a confusão. Um dos disparos atingiu o cliente de raspão e a outra bala acertou uma funcionária do mercado, que morreu em seguida.

 

O entendimento da polícia sobre o caso no momento é de que o vigilante agiu em legítima defesa e que foi ele quem disparou as duas vezes, mas o segundo tiro foi considerado como um excesso de legítima defesa, e por isso ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo, como conta o delegado.

 

Já o cliente foi autuado por 5 crimes, uma contravenção penal e terá a responsabilidade sobre o homicídio apurada no inquérito policial, conforme o delegado Tiago Wladyka.

 

O consultor de segurança pública coronel Jorge Costa Filho da reserva da Polícia Militar, explica porque o vigilante pode ser indiciado mesmo tendo atuado em legítima defesa.

 

A Rede Condor e o Grupo Protege, responsável pela segurança do local, lamentaram o ocorrido e disseram que  estão dando todo o apoio à família da vítima. As duas empresas também informaram que estão colaborando com as investigações. O consultor reforça a necessidade de punição para aqueles que fugirem das regras sanitárias.

 

Repórter Amanda Yargas