Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Da voz ao voto: participação de crianças e adolescentes nas discussões políticas

Por Comunicação. Publicado em 28/12/2021 às 14:30.

Em 2020, jovens entre 16 e 17 anos com título de eleitor representaram menos da metade do registrado em 2016; dado alerta sobre o direito à participação como exercício da cidadania.

Por Fernanda Nardo

O número de adolescentes votantes diminuiu nas últimas eleições. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, o número de jovens entre 16 e 17 anos com título de eleitor caiu de 2,3 milhões em 2016 para cerca de 1 milhão em 2020. O voto é um dos instrumentos de participação de adolescentes, porém, esse dado pode ser um alerta de como o interesse por fazer parte da coletividade diminuiu, ainda mais no contexto de pandemia. No entanto, essa habilidade pode ser cultivada em todos os espaços, como escola, família e ambiente religioso, destaca o analista de projetos do Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI), Olavo Henrique de Souza Chicoski.

SONORA

Lorena Costa de Almeida, de 16 anos, já sabe a importância de participar. Ela conta que é aluna da Marista Escola Social Santa Mônica, na cidade de Ponta Grossa (PR), e participa de todas as discussões sobre a escola e a comunidade. E já foi chamada para discutir em fóruns como o VIII Seminário Estadual da Criança e do Adolescente do Paraná.

SONORA

Para que crianças e adolescentes se sintam estimulados a participar, os fóruns de discussão devem ter uma linguagem amigável e inclusiva. A participação pode ser incentivada por meio de discussões interdisciplinares incluídas nos currículos escolares, ou ainda, abrindo espaço para organização dos estudantes, acentua Olavo.

SONORA

A participação é um dos quatro princípios da Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela ONU em 20 de novembro de 1989 e que define os direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais das pessoas com até 18 anos. Garantir o direito de crianças e adolescentes à participação é condição fundamental para a efetivação do conceito de ‘sujeitos de direitos’, do exercício de cidadania que deve ser garantido a eles.