Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Delegado é suspeito de matar esposa e enteada

Por Jornalismo. Publicado em 05/03/2020 às 16:10.

Marido, pai e policial. A morte que vem pela mão de quem tem o papel de proteger é ainda mais chocante. Na semana do Dia Internacional da Mulher, um delegado é suspeito de matar a esposa e a enteada a tiros, dentro de casa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O delegado Erik Busetti, de 45 anos, é suspeito de ter cometido duplo feminicídio, matando esposa e enteada na noite dessa quarta-feira em Curitiba. Ele teria disparado 9 vezes. Os corpos foram encontrados com o da mãe sobre o da filha, como se a protegesse. A delegada Camila Cecconello, responsável pelo caso, conta o que aconteceu em seguida.

 

 

Maritza Guimarães de Souza tinha 41 anos, também era policial civil e trabalhava como escrivã. A filha dela tinha 16 anos. Segundo a Polícia Civil, os dois estavam em processo de separação e uma briga teria motivado os assassinatos.

A arma de Maritza foi encontrada longe do corpo e a polícia ainda não sabe informar as reais circunstâncias das mortes, nem se as vítimas tiveram como reagir.

 

A delegada Camila Cecconello contou que, depois da chegada da polícia, Erik Busetti estava em choque. Em seguida chorou e se demonstrou abalado. Já na delegacia, possivelmente por orientação do advogado de defesa, ficou em silêncio durante o interrogatório. Segundo a delegada, o inquérito deve ser concluído nos próximos 10 dias.

 

 

O delegado Erik Busetti está custodiado em um local que preserve sua integridade física, já que Maritza e ele tinham amigos na Polícia. Ele foi autuado e vai ser afastado preventivamente. O responsável pelo caso na Corregedoria é o delegado Marcelo Lemos, que informou que a pena disciplinar para este tipo de transgressão, caso fique comprovada, é a demissão. Ele comentou sobre o choque social causado pelo fato do crime ter sido cometido por um delegado.

 

 

O advogado de defesa de Busetti, Claudio Dalledone Junior, considerou a situação uma tragédia pela qual ninguém pensa em passar.

 

Repórter Amanda Yargas