O TSE certificou que não existem urnas eletrônicas grampeadas. De acordo com o tribunal, cerca de um mês antes do primeiro turno das eleições, os sistemas eleitorais serão assinados e depois lacrados em cerimônia pública.
Por Fernanda Nardo
É falso o conteúdo de vídeo postado no Kwai afirmando que o TSE teria comprado 32 mil urnas eletrônicas grampeadas. O conteúdo sugere que o objetivo do tribunal seria mudar os resultados das eleições federais de 2022 e dar “golpe final no Brasil”. O conteúdo também menciona que as urnas estariam estocadas, impossibilitadas de passarem por alguma vistoria. Em março de 2021, o TSE firmou um contrato com a empresa Positivo Tecnologia S.A para a produção de 32.609 urnas eletrônicas do modelo UE2020. O lote faz parte de uma encomenda de um total de 224.999 urnas do modelo para serem usadas nas eleições de 2022. Em resposta ao Comprova, site de verificação de notícias, o tribunal confirmou que a última leva dessa encomenda foi entregue na segunda quinzena de julho. Ao contrário do que diz o vídeo, as urnas compradas não estão estocadas. O TSE comunicou que os equipamentos foram repassados para todos os 27 Tribunais Regionais Eleitorais na quantidade prevista, que possuem logística própria de distribuição e armazenamento. Para o Comprova, o TSE certificou que não existem urnas eletrônicas grampeadas. De acordo com o TSE, cerca de um mês antes do primeiro turno das eleições de 2022, os sistemas eleitorais serão assinados (digital e fisicamente) e depois lacrados em cerimônia pública realizada no edifício-sede da instituição. Além disso, especialistas na área de computação com experiência no tema também afirmaram que as urnas eletrônicas têm ferramentas eficientes contra fraude.