Dois acusados de participar de abordagem que resultou na morte de um adolescente em Curitiba ficaram em silêncio durante depoimento. Terceiro agente envolvido revela que vítima não teria reagido com arma branca.
Por Marinna Prota
Após a morte de um adolescente de 17 anos em Curitiba, durante uma abordagem da Guarda Municipal, os envolvidos foram ouvidos na delegacia da Polícia Civil. Três GMs estavam na cena do crime no dia em que o jovem foi atingido por um tiro na cabeça. Anderson Bueno, um dos agentes prestou depoimento e disse que o jovem não estava portando uma faca, como narrava a história inicial registrada no Boletim de Ocorrência pelos guardas Edilson Pereira da Silva e Edmar Junior. O advogado André Romero, que representa a família da vítima, disse que esse depoimento ajuda a resgatar a memória de Caio.
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Os agentes também foram intimados para prestar esclarecimentos na delegacia, mas foram orientados pelo advogado, a permanecerem em silêncio. Rodrigo Cunha, que defende os acusados, acredita que o depoimento foi uma estratégia jurídica.
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A Polícia Civil tem 30 dias para encerrar a fase de inquérito. A família aguarda pela conclusão das investigações e a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR).
Edilson Pereira da Silva é indicado como autor do disparo e investigado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, além de fraude processual. O outro agente, Edmar Junior, é investigado por fraude processual.