Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Estatísticas de violência contra criança não refletem realidade na pandemia

Por Jornalismo. Publicado em 07/07/2020 às 18:26.

Enquanto nas estatísticas o número de denúncias de violência sofridas por crianças e adolescentes diminuiu, na realidade os casos podem ter aumentado, já que a maior parte das agressões acontece em casa. Quem explica essa história para a gente é a repórter Amanda Yargas.

 

 

 

 

 

 

Durante o isolamento houve uma redução no número de denúncias de casos de violência domiciliar contra crianças e adolescentes. Mas este dado mascara uma verdade cruel, a de que o número de agressões deve ter aumentado, mas sob a vigilância constante do agressor e sem contato com o mundo externo, as vítimas estão sofrendo mais. O alerta é da Dra Luci Pfeiffer, médica pediatra, psicanalista e coordenadora do Programa Dedica dos Amigos do Hospital das Clínicas. O programa atende vítimas de agressão, e presta tratamento também aos responsáveis e aos próprios agressores quando possível. Segundo a coordenadora, a maior parte das agressões nesta faixa etária são sofridas dentro de casa.

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A coordenadora do Dedica, explica que a agressão pode ser de diversas formas, desde física e sexual, até psíquica e psicológica, e inclusive se manifestar como negligência ou omissão de cuidar.

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A Doutora Luci Pfeiffer reforça a importância de uma atenção extra durante o distanciamento social para sinais de que as crianças e adolescentes possam estar sofrendo algum tipo de violência.

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No Paraná o telefone do Disque-denúncia é o 181. O Disque 100 é o canal de denúncias nacional e há várias cidades com canais próprios. Também é possível buscar ajuda e orientação no Conselho Tutelar, na Defensoria Pública, no Ministério Público, no Juizado da Infância e Juventude, e, caso a violência esteja acontecendo no momento da denúncia, nas delegacias e na Polícia Militar.

 

 

Repórter Amanda Yargas