Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Pesquisa revela a predominância de laços familiares na trajetória dos senadores do estado
Por Marinna Prota
No cenário político paranaense, o Senado Federal se destaca por uma tendência: a forte presença de famílias políticas. Um estudo conduzido pelo cientista político Robson Carvalho, doutorando da Universidade de Brasília (UnB), revelou que 13 dos 15 senadores eleitos pelo estado entre a redemocratização e as últimas eleições têm laços familiares na política. Esse percentual, que representa 87% do total de senadores, aponta para uma dinâmica de herança política que influencia o processo eleitoral e a composição do Senado no estado.
A predominância de políticos com histórico familiar levanta questões sobre a renovação e a representatividade no Senado Paranaense. Segundo o analista político Masimo Della Justina, essa concentração de poder nas mãos de poucas famílias pode limitar a diversidade de perspectivas e interesses representados na instituição.
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De acordo com o especialista os laços familiares evidenciam uma tendência dos partidos em optarem pelo caminho mais fácil, elegendo aqueles que já são conhecidos e possuem uma trajetória consolidada na política estadual
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Masimo Della Justina aponta ainda a falta de eleições prévias dentro dos partidos como um dos fatores que contribuem para essa concentração de poder, ressaltando que a implementação de eleições prévias poderia possibilitar o surgimento de lideranças mais jovens e femininas, por exemplo, ampliando a diversidade e renovando o cenário político.