Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Gaeco e PM desmontam esquema que lavou R$4,5 milhões com participação de quase 200 pessoas

Por Jornalismo. Publicado em 23/06/2020 às 17:08.

Quase duzentas empresas e pessoas são suspeitas de facilitar a lavagem de dinheiro por meio de suas próprias contas bancárias. Segundo as investigações elas movimentaram cerca de 4 milhões e meio de reais para uma organização criminosa.

 

 

 

Um verdadeiro laranjal foi desmantelado pela terceira fase da operação sicário nesta terça-feira. Segundo as investigações, 189 pessoas físicas e jurídicas cederam seus nomes para uma organização criminosa movimentar valores de natureza ilícita. Foram analisadas 960 contas bancárias em diversos estados, em especial Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A organização atua em vários estados, mas principalmente no Norte do Paraná, a partir de presídios, e teria movimentado  nestas contas cerca de 4 milhões e meio de reais. O promotor de Justiça Jorge Barreto, coordenador do Gaeco de Londrina Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público, disse que os donos das contas serão implicados judicialmente, já que não há margem para outras interpretações, a não ser a de que estas pessoas e empresas eram facilitadoras da lavagem de dinheiro da organização.

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3 pessoas foram presas e também foram cumpridos 3 mandados de monitoração eletrônica, ou seja, a colocação da tornozeleira. Foram ainda cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em  ações se estenderam a 6 cidades do estado: Londrina, Rolândia, Curitiba, Campina Grande do Sul, Fazenda Rio Grande e Iporã.

A operação Sicário tem este nome porque as investigações iniciais envolviam crimes de assassinato de agentes públicos. Mas esta terceira fase teve um foco distinto, como explica o promotor Jorge Barreto.

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A ação apreendeu R$ 14.455,00 em espécie, 11 aparelhos celulares, um tablet, um notebook, nove cartões bancários, um revólver calibre 38 e anotações relativas aos crimes investigados. Um mandado de prisão preventiva e dois de monitoração eletrônica ainda estão. O Gaeco informou que a origem do dinheiro lavado neste esquema vinha principalmente do tráfico de drogas e do pagamento de caixinha pelos integrantes da organização criminosa, mas também de roubos e extorsões. A instituição vai continuar as investigações, que contam com a parceria da Polícia Militar.

 

Repórter Amanda Yargas