A mudança repentina para um regime de trabalho de casa, o chamado home office, durante a pandemia tem sobrecarregado os profissionais. A descoberta é de uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná que levantou ainda outros problemas associados com o serviço remoto nesta época, como conta a repórter Amanda Yargas.
De acordo com a pesquisa, 34,44% dos trabalhadores entrevistados estão exercendo suas atividades por mais de oito horas diárias e 17,77% trabalham os sete dias da semana. Além disso, para quase metade dos respondentes, 48,45%, o ritmo de trabalho ficou mais acelerado no home office. A pesquisa foi realizada pelo Grupo de Estudo Trabalho e Sociedade da Universidade Federal do Paraná em parceria com a Rede de Monitoramento Interdisciplinar da Reforma Trabalhista. Segundo a coordenadora da pesquisa, a socióloga Maria Aparecida Bridi, o home office durante a quarentena acumula atividades profissionais e pessoais.
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O estudo também apontou que para pouco mais de 60% dos entrevistados, a maior dificuldade é a falta de contato com os colegas. Logo em seguida vem o número de interrupções com 54,59% e a dificuldade em separar a vida familiar da vida profissional: 52,91%. Além da amizade entre os colegas, há também a questão de um ajudar o outro, como explica a socióloga.
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Michaela Vicare diretora de Recursos Humanos em uma empresa de soluções digitais para negócios, indica que é preciso fazer um planejamento principalmente de horários no home office.
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Para a diretora, este home office que vivemos agora não está nem no modelo que existia antes e nem no formato que ficará depois da pandemia. Principalmente por questões de estresse associadas a esta convergência do trabalho profissional com o cuidado da casa, dos filhos, sem uma preparação prévia do ambiente e nem treinamentos para atuar de forma remota. Ela comenta quais as expectativas para o trabalho em home office no futuro.
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Repórter Amanda Yargas