Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial de exploração sexual de jovens e crianças, com cerca de 500 mil vítimas por ano; nova Lei prevê ações de conscientização e prevenção ao abuso de menores durante todo o mês.
Por Fernanda Nardo
Dezoito de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data foi escolhida para marcar o caso de Araceli Crespo, que em 1973, aos 8 anos de idade, foi sequestrada na saída da escola e por dois dias foi espancada, drogada e estuprada, antes de ser assassinada. Com a intenção de estender o combate à violência sexual contra crianças para todo o mês, foi sancionada a lei que institui a campanha Maio Laranja, que será realizada na mesma época em todo o país com ações de conscientização e prevenção ao abuso de menores. Segundo o Observatório do Terceiro Setor, o Brasil ocupa o 2º lugar no ranking mundial de exploração sexual de jovens e crianças, com cerca de 500 mil vítimas por ano. Ao lembrar que quase 20% das denúncias de agressões contra crianças envolvem violência sexual e que a maioria é cometida por conhecidos ou familiares, a procuradora da mulher no Senado, Leila Barros, do PDT do DF, destacou que o Brasil hoje ocupa uma vergonhosa vice-liderança no número de casos de abuso.
SONORA
O projeto de lei (2.466/2019) é da deputada Leandre (PSD-PR). A nova legislação foi aprovada pelo Senado no dia 30 de junho sob a relatoria da senadora Eliziane Gama, do Cidadania do Maranhão. Ela ressaltou a importância da conscientização sobre esse tipo de crime.
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Os órgãos de defesa da criança e do adolescente destacam que a maior ferramenta de combate à pedofilia é a denúncia, que pode ser feita de forma anônima pelo disque 100. São recebidas em média 80 ligações por dia relacionadas ao abuso sexual infantil.