Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Manifestação contra o racismo termina em quebra-quebra em Curitiba

Por Jornalismo. Publicado em 02/06/2020 às 11:23.

Uma manifestação contra o racismo terminou em quebra-quebra em Curitiba na noite dessa segunda-feira. As informações com o repórter Deividi Lira.

Foto: Franklin de Freitas

 

 

Uma manifestação anti-racista que ocorreu na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, terminou em confusão e quebra-quebra na noite dessa segunda-feira. Um policial ficou ferido e oito pessoas foram presas.
Tudo começou quando os manifestantes seguiram rumo ao Centro Cívico. Segundo informações da assessoria de Comunicação da Polícia Militar, a bandeira do Brasil, hasteada em frente ao Palácio Iguaçu, a sede do governo do Paraná, foi retirada pelos manifestantes e queimada. Pedras foram arremessadas contra o Palácio Iguaçu. A tropa de Choque da Polícia Militar foi chamada para o local e reagiu com bombas de gás lacrimogênio para dispersar os participantes. Eles seguiram pela Avenida Cândido de Abreu e promoveram uma série de depredações. Agências bancárias, a sede do Fórum de Curitiba, o Shopping Mueller e a sede da Federação das Indústrias do Paraná foram atingidos.
A prefeitura da capital informou que algumas estações-tubo na região do Centro Cívico e pontos de mobiliário urbano na Praça Tiradentes, também foram alvo de vândalos.
Em nota, a organização do ato informou que os manifestantes se comportaram de maneira ordeira, em defesa da democracia e contra o racismo e apontaram que os danos causados ao patrimônio público e privado, podem ter sido causados por infiltrados que queriam criminalizar o movimento.
A manifestação foi organizada pelas redes sociais e veio na onda de protestos que ocorrem nos Estados Unidos e na Europa, depois da morte de um homem negro por um policial branco na cidade norte-americana de Minneapolis.
De acordo com o subcomandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Antônio Carlos de Morais, a manifestação reuniu 1200 pessoas e cerca de 200 policiais. Segundo ele muitas imagens de câmeras foram coletadas e algumas pessoas já foram identificadas, e agora serão responsabilizadas pelos atos de vandalismo.

ÁUDIO