Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Mesmo sob protestos, governador sanciona reajuste das forças de segurança do Paraná

Por Comunicação. Publicado em 31/03/2022 às 14:38.

Após votação às pressas na Alep, pacote foi sancionado na noite de ontem (30); categorias de segurança alegam falta de diálogo com o governo e desrespeito às progressões de salário das entidades no reajuste.

Por Fernanda Nardo

O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou na noite de ontem (30) o pacote de medidas apresentado ao funcionalismo e aprovado pelos deputados. As leis ordinárias reestruturam algumas carreiras. O pacote contempla as correções das tabelas dos subsídios das polícias Civil, Militar e Científica, a regulamentação do Quadro Próprio da Polícia Penal e a aprovação do auxílio-alimentação para os servidores do Quadro Próprio da Secretaria de Estado da Saúde e Quadro Próprio do Poder Executivo. Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, a elaboração das propostas levou em consideração o cenário econômico atual. Ele destacou que o texto buscou segurança jurídica e orçamentária para que as correções contemplassem ativos e inativos sem comprometer o orçamento do Estado.

SONORA

A proposta contempla um ganho progressivo na remuneração conforme a etapa de carreira em que se encontra o servidor. Para a PM, o governo oferece ganho nominal de até R$ 1.010,00, a iniciar pelas patentes mais baixas. Na Polícia Civil, o mesmo tipo de reajuste foi proposto, considerando os maiores aumentos para as menores patentes. No caso da Polícia Civil, o projeto também cria 72 Funções Privativas e regulariza a designação de delegados para atuarem em mais de uma unidade policial. Na Polícia Científica, o maior aumento foi para agentes auxiliares de perícia oficial (4ª classe), com um ganho nominal proposto de R$ 1.000,00. Os servidores seguem insatisfeitos com a proposta sancionada. A escrivã de polícia e secretária-geral do Sinclapol, Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná, Valquíria Giltisque, afirmou que o governo não sentou com a categoria para discutir o reajuste.

SONORA

O impacto orçamentário dos reajustes, segundo o governo, passa de R$ 400 milhões no ano apenas na PM. Na Civil e Polícia Científica, impacto previsto é de R$ 80 milhões/ano.