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Polícia desarticula quadrilha que removia cadáveres e vendia terrenos de cemitério

Por Jornalismo. Publicado em 03/10/2019 às 17:17.

A Polícia Civil do Paraná prendeu treze pessoas, entre elas o diretor do cemitério de Ibiporã, no norte do Paraná, suspeitas de fazer parte de uma quadrilha que removia cadáveres e vendia túmulos ilegalmente.

Foto: PCPR

 

 

 

 

 

 

 

Treze pessoas foram presas temporariamente em uma operação, da Polícia Civil do Paraná, para desarticular uma quadrilha suspeita de remover cadáveres e vender ilegalmente terrenos em um cemitério de Ibiporã, no norte do Paraná. Entre os detidos está o diretor do Cemitério Municipal São Lucas, onde os crimes aconteciam. Foram alvos da operação também um vereador, empresários e representantes de duas funerárias do município. De acordo com O delegado Thiago Vicentin, responsável pelas investigações, o diretor do cemitério exigia vantagem indevida de famílias carentes. Ele alegava que os terrenos eram particulares e, por isso, era preciso pagar para enterrar corpos no cemitério municipal.

As investigações começaram com uma denúncia anônima. A partir dos recibos pelos pagamentos, que estavam em nomes de terceiros, a polícia chegou aos suspeitos. O grupo retirava ossadas enterradas nos túmulos e as descartava em lugares impróprios. Isto era feito para que os terrenos fossem vendidos.  O Instituto de Criminalística encontrou pelo menos dez ossadas em um único túmulo.

A polícia constatou também que os criminosos enganavam famílias que tiveram parentes mortos em acidentes de trânsito. Um dos integrantes da quadrilha se passava por advogado e recebia o dinheiro do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

Pelo menos 30 pessoas foram vítimas da quadrilha. Nesta quarta, além das prisões foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Ibiporã e em Londrina, também no norte do estado. E ainda 15 mandados de sequestro de bens – como carros, imóveis e equipamentos de academia – obtidos com dinheiro proveniente do crime.

Repórter Alexandra Fernandes