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Psicóloga ressalta cuidados com saúde mental durante a pandemia

Por Jornalismo. Publicado em 25/03/2020 às 20:01.

Uma enxurrada de notícias, mensagens e orientações sobre a pandemia. O medo de ter que sair todos os dias, ou o sufoco da quarentena. Nossa repórter Amanda Yargas conversou com uma psicóloga que traz dicas de como atravessar este período e manter uma boa saúde mental.

 

Foto: Martin-dm/istock

 

 

 

Em momentos de perigo é natural ter medo, mudar a rotina e tentar se proteger. Segundo a psicóloga Priscyla Lindner o medo é um processo natural do nosso psicológico que funciona como um mecanismo de defesa. Só que quando ele toma proporções exageradas ele para de ser saudável.

 

O pânico afeta negativamente tanto a própria pessoa, como os que estão próximos e a sociedade em geral. O pânico pode impedir de realizar as tarefas do dia a dia, como comer, trabalhar e dormir, e fazer com que a pessoa não consiga mais manter hábitos saudáveis nem relaxar. É também o pânico que estimula o compartilhamento de fakenews e mensagens duvidosas, compras exageradas e a superlotação das unidades de saúde, criando problemas de atendimento e abastecimento e o caos social. A psicóloga ensina que é preciso se informar nos meios de comunicação e nos órgãos de saúde oficiais e manter uma rotina adaptada para não se abater com o pânico.

 

A quarentena pode ser um desafio ainda maior para quem já sofre de algum distúrbio psicológico. Segundo a psicóloga, se a pessoa não conseguir administrar a situação de isolamento, as alterações de humor se tornam frequentes, com mais momentos de ansiedade e tristeza.

 

A psicóloga Priscyla Lindner lembra que o isolamento físico não deve significar um isolamento social e que é importante realizar atividades com as pessoas que estão no mesmo espaço que você ou manter o contato virtual com aqueles que estão longe.

Mas a situação mais difícil é a dos casos em que a pessoa convive com um abusador, físico ou psicológico em casa. A psicóloga reforça a necessidade de estas pessoas procurarem ajuda.

 

Repórter Amanda Yargas