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Vereador de São José dos Pinhais, suspeito do crime de “rachadinha” é alvo de Operação do Gaeco

Por Jornalismo. Publicado em 03/03/2020 às 19:40.

Investigados por “rachadinha”, um vereador e seu chefe de gabinete foram afastados do cargo em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Além de exigir parte do salário de outros assessores, eles ainda são suspeitos de pressioná-los para que não denunciassem o esquema. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.

Nota retorno:
A Câmara Municipal de São José dos Pinhais disse à nossa produção que não iria se manifestar, porque não foi informada das ordens judiciais.

 

 

O vereador Edson Dangui (PSC) de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e seu chefe de gabinete foram afastados das atividades legislativas pelos próximos 180 dias. A decisão foi tomada depois que o

Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná cumpriu nessa terça-feira sete mandados de busca e apreensão na cidade. As buscas foram cumpridas no gabinete do vereador, além de endereços comerciais e residenciais dos investigados. Na casa do parlamentar foram encontrados cerca de 28 mil reais em espécie e mais 1500 no gabinete. O Gaeco informou que não tinha ordem judicial para apreender os valores.

Os mandados fazem parte das investigações que apuram os crimes de concussão e constrangimento ilegal que teriam sido praticados pelo vereador, como esclarece o coordenador geral do Gaeco, o promotor Leonir Batisti.

O esquema, conhecido como “rachadinha” ganhou notoriedade no ano passado ao ser investigado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, envolvendo o então deputado Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.  Batisti explica como funciona o esquema.

Além do afastamento das funções, o vereador Edson Dangui e seu chefe de gabinete também estão impedidos de frequentar a Câmara e de ter contato com testemunhas do processo.

Em nota, o vereador afirmou que as denúncias foram feitas para que sua popularidade não avance. Ele informou ainda que nunca foi chamado para prestar qualquer esclarecimento, mas que está à disposição da Justiça.

 

Repórter Amanda Yargas