Depois de nove horas, terminou a rebelião dos presos da cadeia pública de Goioerê. Segundo a polícia, o motim começou depois de uma série de fatores. O primeiro deles foi a descoberta de um buraco na laje da cadeia, por onde os presos planejavam fugir. Isso resultou na suspensão da visita dos presos. Depois houve a interceptação de um pacote com 12 telefones celulares e uma porção grande de maconha, com a prisão da pessoa que pretendia jogar a embalagem para os presos. A partir disso, começou a agitação. Os presos começaram a bater nas grades e romperam o cabo de aço que prende a porta do solário. Em seguida, eles quebraram o sistema de abastecimento de água na cadeia, que começou a ficar alagada. De acordo com a Polícia Militar, como parte da estratégia para acalmar os presos, foi cortada a energia elétrica. De acordo com o Capitão Renato, da PM, os presos exigiram água e a presença da imprensa no local, para que a entrada da polícia dentro do presídio fosse sem violência. O fim da rebelião aconteceu depois de uma conversa entre os policiais e os líderes dos presos, que não aguentavam mais de sede. Os policiais irão fazer um levantamento dos estragos. Com capacidade para 36 presos, abriga atualmente 94 detentos e não está descartada a possibilidade de interdição da cadeia.