Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

28.02 – BOLETIM – Primeiro dia do julgamento de Carli Filho tem depoimento de seis testemunhas e do réu

Por Toni Casagrande. Publicado em 28/02/2018 às 14:34. Atualizado em 18/07/2018 às 17:20.

Os depoimentos do primeiro dia do júri popular do ex-deputado, Luiz Fernando Ribas Carli Filho duraram cerca de oito horas. Carli Filho é acusado de provocar a morte de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, em Curitiba, na madrugada do dia 7 de maio de 2009. Seis testemunhas foram ouvidas, além do réu. A primeira testemunha foi o médico e amigo de Carli Filho, Eduardo Missel, que estava com ele no dia do acidente. Segundo ele, foram compradas quatro garrafas de vinho no restaurante, mas elas não foram totalmente consumidas. Ele disse ainda, que estava com a namorada e ofereceu carona para o ex-deputado, que chegou a entrar no carro e depois saiu. O segurança do restaurante onde eles estavam, Altevir Gonçalves dos Santos, disse que o ex-deputado estava ‘trançando as pernas’ e ‘bastante alterado’. Ele afirmou que tentou impedir que Carli Filho entrasse no carro, mas não conseguiu. O enfermeiro, Leandro Lopes, que disse ter visto o acidente, também prestou depoimento ontem. Segundo o enfermeiro, o carro de Carli saltou a cerca de um metro e meio. Ele contou ainda que foi ele quem chamou o Siate. A última testemunha foi o perito particular, Ventura Martello Filho, que é o assistente técnico da defesa. Ele contestou os laudos oficiais da criminalística e disse que, nas condições em que foi feita a perícia, não há como saber qual era a velocidade em que o ex-deputado estava dirigindo. O perito afirmou ainda, que conforme suas análises, o carro do ex-deputado não saiu do chão, como apontaram os dados oficiais. O ex-deputado foi o último a ser ouvido e admitiu que bebeu. Ele pediu perdão às mães e disse que jamais teve a intenção de matar.