A decisão do Governo Federal de incluir academias na lista de atividades essenciais teve impacto principalmente em Curitiba, onde não havia um decreto municipal específico sobre o seu funcionamento. A Associação Nacional do setor lançou orientações e desde esta quinta-feira os estabelecimentos se adaptam para atender os alunos com risco reduzido de contágio.
Foto: Diorgenes Pandini/NSC
Depois que o Governo Federal incluiu a atividade das academias como essencial, vários estabelecimentos já estão funcionando no Paraná. Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama e outras cidades do estado já tinham decretos municipais que permitiam o funcionamento. Já na capital havia um impasse, porque tanto a Prefeitura quanto o Governo do Estado orientavam pela não abertura de serviços não listados como essenciais.
A Associação dos Centros de Atividade Física do Brasil considera que pelo menos cem estabelecimentos devem voltar a funcionar em Curitiba, além de outros não ligados à entidade. A academia de Marcelo Barreto, que fica no Centro Cívico, está entre as que optaram pela reabertura. Segundo ele, a decisão do fechamento foi tomada antes mesmo das orientações dos órgãos oficiais porque na época não se sabia quais os riscos e os impactos reais do novo coronavírus. Mas agora há uma preparação do ambiente para evitar o contágio e alunos e professores devem seguir medidas específicas.
ÁUDIO
Outro proprietário, Anderson Lorenzatto, prefere esperar que haja uma determinação específica permitindo o retorno às atividades. Ele conta que a academia, que tem uma unidade no Cabral e outra no Bigorrilho, já montou um protocolo de atendimento, mas só vai reabrir quando a Prefeitura ou a Secretaria de Saúde liberarem.
ÁUDIO
Para Marcelo Barreto, o funcionamento das academias é importante para manter a saúde física e mental das pessoas durante o isolamento.
ÁUDIO
Mas, segundo o Correio Brasiliense, uma pesquisa feita na Coreia do comprovou que 112 pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus em aulas de dança em 12 academias em apenas uma cidade do país. Quase 75% delas eram assintomáticas e mais de 200 pessoas foram expostas ao vírus antes do fechamento das instalações. A pesquisa alerta para o alto risco de contágio durante atividades em ambientes fechados.
Repórter Amanda Yargas