Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Ato de trabalhadores marca o primeiro dia de demissões na fábrica de fertilizantes da Petrobrás em Araucária

Por Jornalismo. Publicado em 17/02/2020 às 11:30.

Manifestações de petroleiros aconteceram em todo Brasil nessa sexta-feira, dia em que começou a primeira leva de demissões programadas devido ao fechamento da Fafen, subsidiária da Petrobrás em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. A repórter Amanda Yargas conversou com o presidente do sindicato que representa a categoria aqui no Estado e tem mais informações.

 

 

 

 

 

Nessa sexta-feira começaram as demissões na Fábrica de Fertilizantes Araucária Nitrogenados (Fafen), um subsidiária da Petrobrás. Desde o dia 1o de fevereiro, trabalhadores da empresa de todo país participam da greve, que já conta com a adesão em 116 unidades de 13 estados.

Houve manifestações em várias unidades e em frente a Fafen, com adesão local de 90% dos funcionários da área de produção e 40% do administrativo. O presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina, Mario Dal Zot explica que esse é um momento delicado para o movimento.

Também nessa sexta-feira, o sindicato protocolou uma manifestação no Tribunal Superior do Trabalho. Segundo o sindicato, a Petrobrás estaria criando dificuldades para que a categoria cumpra a liminar sobre a greve. Na interpretação deles, a liminar não pede apenas que haja 90% dos trabalhadores cumprindo a função, mas que o sindicato se responsabilize pela continuidade do abastecimento de combustíveis à população, como explica o dirigente Mario Dal Zot.

De acordo com o Dal Zot, nunca foi a intenção do movimento prejudicar o abastecimento de combustíveis.

A Petrobrás informou que as unidades seguem operando em condições adequadas de segurança, com equipes de contingência formadas por empregados que não aderiram à greve, e contratações temporárias autorizadas pela Justiça. Não há impacto na produção até o momento. A companhia também está contratando empresas com experiência na operação e manutenção de unidades de produção de petróleo e gás offshore, para suprimento de mão de obra especializada e certificada para atuar em suas plataformas próprias enquanto durar o movimento grevista. Em relação à ANSA, as demissões seguem o cronograma.

Repórter Amanda Yargas