Nos primeiros 5 meses do ano, os pedidos de autorização para instalação de poços artesianos foi quase 3 vezes maior do que no ano passado. A estiagem pode ter levado pessoas, condomínios e indústrias a investirem na instalação da sua própria fonte, mas, ao mesmo tempo, é preciso cuidado para que a retirada de água em excesso não cause problemas estruturais.
Foto: SEDEST
O número de Anotações de Responsabilidade Técnica para poços artesianos emitidos pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), nos cinco primeiros meses de 2020, foi 170% maior do que no mesmo período em 2019. Em Curitiba, o crescimento foi ainda maior, passou de 22 pedidos para 104 pedidos, um aumento de 372%, também no comparativo de janeiro a maio. Segundo o Crea-PR, os motivos do salto são uma combinação de fatores, entre eles, a implementação dos pedidos online, e o incentivo do programa estadual Água no Campo, que realiza as perfurações. Abdel Hach, coordenador da Câmara Especializada de Geologia do Crea, destaca que também a estiagem favoreceu este aumento.
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Hach lembra de um episódio em Rio Branco do Sul, quando, no início dos anos 2000, houve retirada de água do solo sem os devidos cuidados e o terreno cedeu, provocando rachaduras nas casas.
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É por isso que a obra de instalação de um poço artesiano deve ser realizada por um profissional habilitado. O coordenador explica o passo a passo.
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Como a demanda cresceu de forma acentuada, o Crea-PR e o Governo do Estado estão criando novos parâmetros para que proprietários de poços artesianos possam ter controle e acompanhamento maiores em relação à quantidade, a vazão e o tipo de água que estão utilizando. A expectativa é de que haja mais recursos de orientação e controle para quem tem e para quem pretende ter um poço tubular, como, por exemplo, com projeto para bombeamento e manual de boas práticas de uso, com a quantidade de água que pode ser retirada por dia.
Repórter Amanda Yargas