No estado, 62% dos cigarros vendidos no ano passado foram ilegais, gerando bilhões de prejuízo em impostos e financiando o crime organizado.
Por Marinna Prota
No ano de 2022, o estado do Paraná se destacou no número de apreensões de cigarro contrabandeado no Brasil, registrando 49% do total apreendido pela Receita Federal, de acordo com um estudo divulgado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP). A pesquisa anual, realizada pelo Instituto Ipec, revela ainda que no Paraná, 62% dos cigarros comercializados no mesmo período eram provenientes do mercado ilegal, taxa acima da média nacional que é de 41%.
A fronteira com o Paraguai, especialmente a movimentada Ponte da Amizade, proporciona uma localização estratégica para os contrabandistas. O atrativo do cigarro contrabandeado é o seu preço menor, uma vez que não é tributado pelas autoridades brasileiras. De acordo com a Receita Federal, apenas nos primeiros nove meses de 2023, foram apreendidos cerca de 58,4 milhões de maços de cigarros contrabandeados no Paraná.
Edson Vismona, presidente do FNCP, enfatiza a necessidade de abordar o contrabando como um fenômeno econômico e criminoso. Ele destaca a importância de combinar esforços institucionais, como a repressão policial e fiscal nas fronteiras, com a conscientização da população sobre o impacto do mercado ilegal.
SONORA
Além disso, o cigarro contrabandeado escapa da regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aumentando os riscos para os consumidores.