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Ministério Público do Trabalho cobra da Petrobrás um plano para evitar danos ambientais e sociais com o fechamento da fábrica de fertilizantes em Araucária

Por Jornalismo. Publicado em 29/01/2020 às 18:28.

Além da preocupação com o impacto social, o Ministério Público do Trabalho do Paraná está cobrando da Petrobrás um plano para evitar danos ambientais com o fechamento da fábrica de fertilizantes em Araucária. Os detalhes na reportagem de Amanda Yargas.

Foto: Petrobrás/Divulgação

 

 

 

 

 

O Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) está mediando o processo de fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, a Fafen, subsidiária da Petrobrás em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Há duas semanas, a empresa informou que encerraria as atividades na planta, o que atinge diretamente mil funcionários próprios e terceirizados, além de criar um impacto social na cidade e nos arredores, segundo o sindicato da categoria. A decisão gerou revolta e manifestações no Brasil inteiro. A procuradora do Ministério Público Estadual do trabalho, Cristiane Sbalqueiro Lopes, disse que a mediação espera que a Petrobrás assuma a responsabilidade que a empresa tem com a comunidade.

 

Mas essa não é a única preocupação do Ministério Público do Trabalho, como enfatiza a procuradora.

 

O caso é acompanhado por uma força tarefa que conta com 4 procuradores, devido a complexidade do tema. Segundo Cristiane Lopes, o Ministério Público do Trabalho quer evitar danos à sociedade e ao meio ambiente pela via do entendimento com a Petrobrás.

 

O governador Ratinho Junior vai ao Rio de Janeiro na quinta-feira para uma agenda com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Na pauta do encontro está a discussão de alternativas para o encerramento das atividades da fábrica de fertilizantes, além da privatização do primeiro lote de refinarias da Petrobras, previsto para acontecer neste ano e que deve incluir a Repar.

 

Repórter Amanda Yargas

 

NTR

Em nota a Petrobrás informou que o acordo coletivo de trabalho está sendo observado, já que a demissão coletiva está sendo discutida com os sindicatos desde o anúncio do fechamento da fábrica, no dia 14 de janeiro. A proposta da empresa é o desligamento em ondas, sendo a primeira em 30 dias a partir do anúncio da hibernação e a última em 90 dias. A respeito desse plano para evitar danos ambientais citado pelo Ministério Público do Trabalho, a empresa não se manifestou.