Filhote de harpia, ave símbolo do Paraná, que nasceu em cativeiro neste fim de semana, traz esperança de recuperação da espécie, ameaçada de extinção. Com o novo bebê, o Refúgio Biológico Bela Vista consolida a dianteira na preservação da ave no mundo. A reportagem é de Amanda Yargas.
Foto: Itaipu Binacional
Nasceu no último domingo o filhote de harpia de número 50 no Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, na fronteira do Brasil com o Paraguai. A harpia harpiya, também conhecida como gavião-real é uma das maiores águias das Américas e a ave de rapina mais potente do mundo e está ameaçada de extinção. O primeiro filhote que nasceu na reserva, em 2019, é o pai do bebê. O refúgio conta com um Programa de Reprodução de Harpias, mantido pela usina, que tem uma taxa de sobrevivência dos filhotes de 72%. São 6 casais reprodutores entre as 36 aves mantidas na reserva. O nascimento do filhote consolida a iniciativa como o maior programa de reprodução em cativeiro da harpia no mundo, como conta o biólogo Marcos José de Oliveira.
Como ambos os pais são nascidos em cativeiro, o filhote vai poder ser exportado para outras reservas, como explica o biólogo.
Algumas aves adultas do Refúgio Biológico Bela Vista estão sendo preparadas para serem soltas na natureza. Neste mês foi feito o primeiro registro oficial de avistamento de harpia no Paraná, na cidade de Coronel Domingos Soares, Sudoeste do estado. Segundo o biólogo Marcos de Oliveira, a harpia é um forte indicador da saúde da floresta.
A harpia é a ave símbolo do Paraná e está inclusive no brasão do estado. Ela inspira muitos apaixonados pela natureza, como a Tropa Sênior do Grupo Escoteiro Carlos Pereira de Araújo em Curitiba, que leva o nome da ave. Bruno Costa, um dos integrantes da tropa, conta o que a harpia representa para eles e como se sentiram com a chegada do filhote.
Repórter Amanda Yargas.