Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Paranaense que mora na Austrália relata rotina em meio aos incêndios no país

Por Redação. Publicado em 10/01/2020 às 09:59.

Nesta semana a fumaça dos incêndios da Austrália chegou na região sul do Brasil e embora ela não possa afetar muito o tempo por aqui, ela nos lembra que o sistema climático do planeta é interligado e lança um alerta sobre como estamos cuidando das nossas florestas. A repórter Amanda Yargas conversou com uma paranaense que mora atualmente na Austrália. Ela relatou como o incêndio no país mudou a rotina da família.

 

 

 

 

 

A Austrália registrou o ano mais quente e seco de sua história em 2019, e sofre com incêndios florestais desde setembro. Pelo menos 10,3 milhões de hectares foram queimados pelo fogo, que já deixou mais de 2 mil casas destruídas e matou 27 pessoas.

A paranaense Rosemari Ferreira Gebbran, que mora em Sidney, cidade está no meio de 4 focos de incêndios, o mais próximo há cerca de 140 km, contou que a fumaça mudou a rotina da família.

Além disso, em momentos de fumaça mais densa as universidades tiveram aulas canceladas, os órgãos de saúde indicaram as pessoas a permanecerem em casa e até mesmo os empregadores foram orientados a dispensarem seus funcionários. Segundo Rosemari Gebbran, o Corpo de Bombeiros na Austrália é formado por pessoas voluntárias e não recebeu nenhum tipo de ajuda do governo desde o início dos incêndios. Só agora, que a capital do país, a cidade de Camberra, sofre com danos provocados por incêndios próximos é que o primeiro ministro Scott Morrison destacou uma parte do exército para auxiliar no combate ao fogo, como conta Rosemari.

No começo desta semana, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais publicou uma imagem que mostrava o estado do Rio Grande do Sul coberto pela fumaça vinda da Austrália. Segundo o Simpepar, não há previsão de que essa fumaça atinja o Paraná, mas o professor de geografia da UFPR e Climatologista, Wilson Flavio Roseghini explicou que, mesmo que chegue por aqui, nós não vamos sentir influência da fumaça.

Segundo o climatologista, uma área de alta pressão persistente sobre a Austrália impediu a formação de chuvas e prolongou o período de secas normal que existe por lá. Wilson Flavio Roseghini comparou os incêndios na Austrália com os da Amazônia.

Segundo ele,a Amazônia é importante para o clima em todo o continente e principalmente pelas chuvas aqui da Região Sul.

A paranaense Rosemari Ferreira Gebbran contou que viver na Austrália deu outra perspectiva para sua ligação com o meio ambiente do Brasil.

 

Repórter Amanda Yargas