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Pesquisa da UFPR ajuda a desvendar crimes a partir da presença de fungos em cadáveres

Por Comunicação. Publicado em 02/01/2024 às 07:00.

Fungos poderão ser utilizados em investigações criminais.

Repórter Priscila Murr, sob supervisão de Alice Lima. Uma parceria AERP e Agência Escola UFPR

Você já deve ter ouvido falar sobre investigação criminal. Pode ter sido num livro, num filme, numa novela ou até numa série daquelas cheias de mistérios a serem revelados. A partir dessa temática, a doutora em genética de microorganismos e docente de Patologia Básica da Universidade Federal do Paraná, Patrícia Dalzoto, desenvolve um projeto inédito. Ela trabalha com micologia forense. Essa área de estudos considera a presença de fungos para estimar o tempo de morte de um indivíduo.

SONORA

O método consiste basicamente em: coletar, isolar e identificar. A partir disso, segundo a pesquisadora, cria-se um inventário, uma espécie de banco de dados. No futuro, esses fungos podem ser utilizados na análise forense, que é a aplicação de um método científico em investigações criminais. Assim, será possível determinar a hora e até o local da morte. Isso serve como uma ferramenta auxiliar no conjunto de evidências levantado pela perícia para solucionar crimes.

SONORA

A professora enfatiza o caráter inovador da pesquisa, que pode contribuir com novas descobertas tanto para o ramo científico quanto profissional. O projeto é desenvolvido em parceria com o Instituto Médico Legal do Paraná, que permite a coleta de amostras. Com isso, passa a ter um elemento a mais em seus laudos, pois esse tipo de análise ainda não faz parte do procedimento padrão adotado pela Polícia Científica do Estado.

Agência Escola UFPR – Um projeto da Universidade Federal do Paraná que conecta ciência e sociedade. Para apresentar aos públicos as pesquisas da UFPR, produz conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, audiovisuais, eventos e muito mais.