Parque Estadual do Cerrado / Foto: Prefeitura de Jaguariaíva O Programa de monitoramento do Inpe está com recurso confirmado até abril. Segundo o órgão, a intenção é continuar com o projeto, mas ainda não há nada de concreto. Enquanto isso, o último monitoramento do bioma registrou um aumento de 7,9% no desmatamento.
Por Fernanda Nardo
O monitoramento é essencial para a tomada de ações na preservação do Cerrado. No entanto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desmobilizou a equipe de pesquisadores focados no monitoramento do bioma, e os dados devem ser gerados até abril. Ainda não houve um posicionamento efetivo do órgão sobre o andamento do projeto após esta data, já que a verba que mantinha a equipe de monitoramento do Cerrado se encerrou em 31 de dezembro, segundo o Inpe. Segundo o balanço divulgado em dezembro de 2021 pelo Inpe, o desmatamento no Cerrado aumentou 7,9% entre agosto de 2020 e julho de 2021, alcançando a marca de 8.531 km². O monitoramento é essencial para a ações na preservação do bioma., segundo a pesquisadora e professora da Universidade Federal do Paraná, Liliani Tiepolo.
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Em nota, o Inpe destacou que está atrás de novos recursos para dar seguimento ao programa, que deve ser ampliado e receberá outro nome, mas ainda não existe nada concreto. A professora destaca que o projeto de monitoramento do desmatamento no Cerrado tem baixo custo, se comparado ao valor que os dados gerados têm para o mercado: para manter os trabalhos são necessários R$ 2,5 milhões ao ano.
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No Paraná, o Cerrado ocupava originalmente cerca de 1% do território do estado. Atualmente, estima-se que restem apenas 0,24% da área, sendo que quase a metade está dentro de unidades de conservação. No Brasil, seis das oito bacias hidrográficas nascem no cerrado. É um bioma importante para a distribuição de água e geração de energia no Brasil, como explica a pesquisadora.
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